O cotidiano atual de um dentista, assim como de outros profissionais, gira em torno dos recursos tecnológicos. A transformação digital fez com que novidades fossem implementadas nas clínicas e consultórios, como o uso de prontuários eletrônicos, por exemplo. No entanto, alguns cuidados precisam ser tidos com a segurança da informação.
É recomendável que os dentistas tenham cuidados ao utilizar os dados dos pacientes, uma vez que, em agosto de 2020, entrará em vigor a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Essa legislação punirá severamente as empresas que deixaram informações de clientes e funcionários vazar, por exemplo.
Muito por conta da LGPD, diversos dentistas que são donos dos seus próprios negócios passaram a se questionar mais sobre a segurança da informação. Listamos essas dúvidas e as responderemos, a seguir. Acompanhe!
1. O que é a segurança da informação?
Podemos definir a segurança da informação como um conjunto de ações desenvolvidas para proteger os dados em uma empresa. No mercado corporativo, as companhias precisam garantir que protótipos de produtos não sejam acessados por concorrentes, por exemplo.
Já no caso específico das clínicas odontológicas, a segurança da informação é mais voltada para proteger os dados pessoais dos pacientes, tais como os seus nomes, números de documentos, endereço físico e digital, entre outros.
Também é de responsabilidade do dentista guardar e proteger os dados sensíveis de seus pacientes. Nesse caso, estamos nos referindo a informações de cunho pessoal e que dizem respeito apenas ao profissional e à pessoa que está sendo atendida.
Imagine, por exemplo, que você está atendendo a um paciente portador do vírus HIV. Sabemos que essas pessoas têm tendência a apresentar sintomas, como gengivas machucadas, sangramento bucal, aparecimento de herpes e fungos na boca etc.
Para poder propor um tratamento mais adequado para um paciente com esse quadro clínico, você precisa saber sobre a doença, bem como os tratamentos que ele está realizando. Tais informações também serão registradas no prontuário eletrônico.
Depois que isso é feito, apenas você ou pessoas autorizadas, como determinados funcionários da clínica, deverão ter acesso aos dados. O sistema não pode ser livre de autenticação com senha, por exemplo, uma vez que isso torna as informações muito vulneráveis. Logo, deve-se investir em segurança da informação.
2. Quais são as medidas necessárias para garantir a segurança da informação?
Existem uma série de medidas que podem ser tomadas para que se garanta a segurança da informação em um consultório odontológico. Observe as principais delas, a seguir!
Oriente os seus colaboradores
Para que se garanta a segurança da informação na clínica, a primeira coisa que precisa ser feita é orientar os funcionários corretamente. É preciso ensiná-los boas práticas, como dizer para a secretária jamais deixar o sistema de gestão aberto ao sair da frente do computador.
Também devem ser dadas orientações sobre o uso dos computadores e dispositivos dos consultórios, bem como os pessoais. Até mesmo o celular dos funcionários precisa ter um bom antivírus, caso eles conectem o aparelho na sua rede wi-fi.
Dessa maneira, se evita que algum malware ou programa invasor acesse a sua rede e cause a perda ou vazamento dos dados dos pacientes.
Faça backups constantemente
Pelo menos uma vez por mês é recomendado que seja feito o backup de todas as informações que você mantém no consultório. A ideia é que se tenha uma cópia dos dados em local seguro, para que possa ser feita uma substituição, caso ocorra perda ou modificação por vírus.
O backup pode ser feito em equipamentos físicos, como HD’s externos, ou então em serviços de armazenamento de dados em nuvem. A segunda opção é a mais recomendada, tendo em vista que as soluções de cloud computing, hoje em dia, são muito seguras.
Utilize programas criptografados
A criptografia é uma tecnologia utilizada por muitos programas de computador e sistemas de gestão em nuvem. Trata-se de um recurso que cifra os códigos de programação, tornando os acessos mais dificultosos.
Com o uso da criptografia também é possível limitar os acessos às informações em uma clínica. Se você usa um software de gestão, por exemplo, pode limitar a parte da agenda para que somente a secretária tenha acesso e a parte das informações dos pacientes serem liberadas apenas para você ou outros dentistas.
3. Como escolher serviços de laudos online que sejam criptografados?
Cada vez mais popular nos consultórios odontológicos, o serviço de telerradiologia trouxe um grande avanço para a área. Porém, muitos profissionais ainda questionam a segurança da informação no envio de laudos online.
Para garantir que você está utilizando uma solução segura, precisa escolher uma empresa de laudos online que ofereça programas criptografados de ponta a ponta, uma vez que isso garante a segurança dos dados.
Ao contratar esse tipo de serviço, deve-se levantar esse questionamento e solicitar que o consultor com que você está falando explique sobre como essa questão funciona no programa.
4. O que acontece se eu não investir em segurança da informação em minha clínica?
Se você não investir em segurança da informação, a perda do acesso aos dados dos pacientes será facilitada. Além disso, as pessoas poderão se sentir lesadas, caso suas questões particulares sejam acessadas por outros indivíduos.
Logo, você não só perderá pacientes, como também terá danos na sua imagem, uma vez que as pessoas afetadas falarão mal do empreendimento. Elas também podem mover processos, embasadas na LGPD, causando grandes danos financeiros.
Como você pode perceber, investir em segurança da informação para clínicas odontológicas é muito importante. Por isso, ao escolher uma empresa de telerradiologia ou de qualquer outro serviço, não deixe de considerar essa questão.
Continue se informando sobre o assunto em nosso artigo que fala sobre a LGPD na saúde.