Biossegurança na pandemia: como adaptar sua clínica

Apesar de já existir uma vacina para imunizar as pessoas contra à Covid-19, ainda não há uma estimativa de quando o novo coronavírus será totalmente controlado. Está havendo demora na imunização da população e, por isso, investir em biossegurança na pandemia ainda é uma necessidade para as clínicas de radiologia odontológica.

Foi pensando em auxiliá-lo nesse processo que desenvolvemos este artigo. Ele apresenta tudo o que você precisa saber para entender a nova realidade que estamos vivendo e como adaptar a sua rotina para garantir a biossegurança na pandemia.

A ideia é que você possa colocar esse conhecimento em prática e garantir a sua segurança, bem como a dos demais profissionais que atuam na sua clínica e dos seus pacientes. Continue a leitura!

Os princípios da biossegurança na radiologia odontológica

Para começar, portanto, é importante relembrar o conceito de biossegurança na odontologia. Trata-se do conjunto de ações que devem ser tomadas para informar e prevenir os profissionais dos riscos a que eles estão expostos, tendo em vista a grande variedade de microorganismos no ambiente de trabalho.

Durante a execução de seu trabalho, os dentistas e os radiologistas têm contato direto com patógenos presentes na saliva, no sangue, nas lesões e nas secreções eliminadas pelos pacientes.

Além disso, também estão expostos a contaminantes aéreos, que estão presentes na cuspideira e nos aerossóis dos fluídos respiratórios e bucais. O contato direto com objetos e superfícies contaminadas também é uma exposição ao risco.

Biossegurança na pandemia: adaptações para se proteger ainda mais

biossegurança na pandemia

Na pandemia da Covid-19, todos os cuidados que você, dentista ou radiologista, já toma durante o seu trabalho, como o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) devem continuar. 

Porém, é recomendado reforçá-los ainda mais. A seguir, apresentaremos algumas adaptações que devem ser feitos nas clínicas e consultórios. Acompanhe!

Reforce a lavagem de mãos

A lavagem de mãos de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) deve ser feita em cinco momentos:

  1. Antes do contato com o paciente;
  2. Antes da realização do procedimento;
  3. Após o risco de exposição a fluidos biológicos;
  4. Após o contato com o paciente;
  5. Após o contato com áreas próximas ao paciente, mesmo que não tenha tocado diretamente no indivíduo.

Descarte os EPIs e materiais após o atendimento

Após o término de cada atendimento, todos os materiais devem ser descartados, com exceção da máscara N95 PPF2, que pode ser usada por até 14 dias, se não molhar ou sujar.

Para evitar que a máscara fique exposta a microorganismos, quando não a estiver utilizando, deixe-a guardada em um refratário plástico.

Tenha muito cuidado ao retirar os EPIs

Recomenda-se que os dentistas, os radiologistas e os seus auxiliares tenham muito cuidado ao retirar os EPIs, tendo em vista que, muitas vezes, o contágio dos profissionais ocorre nesse momento.

Para garantir mais segurança, o ideal é que sejam utilizados dois pares de luvas descartáveis por vez. Dessa forma, a primeira coisa a ser feita é a retirada do primeiro par, que deve ser a primeira coisa a ser descartada.

Após, ainda usando as luvas de baixo, faça a desinfecção da viseira, do óculos de proteção e de todas as superfícies consideradas críticas. 

A máscara deve ser o último item a ser retirado, sempre pelos elásticos e sem tocar na parte da parte da frente.

Adapte a dinâmica do pagamento das consultas e procedimentos

Para tornar os protocolos de biossegurança na pandemia ainda mais seguros, também podem ser feitas adaptações na dinâmica de pagamento das consultas e procedimentos.

O mais indicado é orientar os pacientes para que eles paguem os serviços por meio de transferências bancárias, aproveitando a facilidade de serviços como o PIX.

Porém, caso eles prefiram pagar com cartão ou dinheiro em espécie, o ideal é que seja disponibilizado um par de luvas plásticas para que a operação seja realizada.

A máquina de cartão também pode ser protegida com filme de PVC, que deve ser trocado com frequência, para evitar que se torne um local de contágio.

Reforce a limpeza da clínica

A limpeza da clínica também deve ser reforçada. O ideal é que o chão seja higienizado com mais frequência, utilizando um pano com hipoclorito de sódio ou quaternário de amônio.

Também pode ser adquirido um spray de quaternário de amônio para ser espirrado nas salas de atendimento. Depois da aplicação, o ambiente deve permanecer por até 15 minutos sem receber nenhum ocupante.

Evite a realização de exames intraorais

Os exames radiográficos intraorais, que são aqueles em que o filme radiográfico é colocado dentro da boca do paciente, devem ser evitados para garantir mais biossegurança na pandemia.

Uma alternativa para isso é a realização de radiografias panorâmicas e a tomografia computadorizada de feixe cônico. Esses exames apresentam resultados que possibilitam fazer o diagnóstico do paciente com clareza, sem que seja necessário se expor a riscos.

Caso julgue extremamente necessário realizar os exames intraorais, faça isso com cuidado, redobrando os cuidados com a biossegurança.

Aposte na telerradiologia

O distanciamento social é o melhor protocolo para evitar a disseminação do novo coronavírus. Para manter uma boa biossegurança na pandemia, portanto, restringir a circulação de pessoas nas clínicas é uma prática que deve ser realizada.

O trabalho dos radiologistas, por exemplo, pode ser feito à distância, por meio de serviços de telerradiologia, que têm crescido muito durante a pandemia.

Existem empresas especializadas na prestação desse tipo de serviço e que podem contribuir para o bom funcionamento da sua clínica. 

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