O raio-X foi descoberto em 1895, pelo físico alemão Wilhelm Conrad Roentgen, como demonstra um estudo feito pela UFRGS. Na época, o cientista trabalhava em seu laboratório, fazendo experiências com eletricidade, quando viu que uma tela coberta com platinocianeto de bário projetou uma luminosidade, na qual ele pode observar os ossos de sua mão. O que ele não esperava é que essa descoberta evoluiria para outros tipos de radiação, hoje muito utilizadas pela medicina nuclear.
É sobre esse assunto que falaremos neste post, que abordará sobre a medicina nuclear e os tipos de radiação que são utilizados por ela, para a realização de exames por imagem. Continue conosco e entenda mais sobre o assunto!
Entenda o conceito de medicina nuclear
Chamamos de medicina nuclear, a especialidade médica que utiliza quantidades mínimas de radiação para coletar imagens internas do corpo humano. Assim, os detalhes de órgãos e sistemas podem ser mais facilmente observados.
Por muito tempo a radiação era vista pelo senso comum como algo ruim, muito por conta de acidentes radioativos que ficaram famosos, como os casos de Chernobyl e do Césio 137, em Goiânia.
No entanto, hoje em dia, já se tem mais consciência de que a radiação não é uma vilã, mas sim uma aliada para o tratamento de diversos problemas de saúde. O segredo está na quantidade utilizada e isso os radiologistas dominam muito bem.
Veja quais são os princípios básicos da medicina nuclear
A medicina nuclear, conforme explicamos, utiliza de materiais radioativos para fornecer aos profissionais da saúde, uma visão de mais qualidade da situação de cada paciente, identificando os problemas que eles têm e propondo diagnósticos.
Esse tipo de medicina tem alguns princípios básicos, os quais falaremos a seguir. Veja!
Não se trata de um sinônimo para radiologia
Muitas pessoas pensam que medicina nuclear é um sinônimo para radiologia, mas essa é uma informação incorreta. Embora elas integrem o mesmo campo, cada uma tem suas próprias finalidades.
A medicina nuclear utiliza os diferentes tipos de radiação para verificar o funcionamento de aparelhos e órgãos do corpo humano. Em contrapartida, a radiologia tem como foco a verificação de características anatômicas, como os ossos.
Serve como base para diagnósticos corretos
O uso das técnicas de medicina nuclear garante que os médicos tenham uma visão mais ampla dos campos analisados no corpo do paciente. Assim, se uma pessoa tem um tumor em um órgão, por exemplo, o médico saberá como proceder para realizar a retirada, com menos chances de comprometer as funções do organismo.
É utilizada para diagnosticar diversos tipos de doença
Apesar de ser mais utilizada para os diagnósticos de câncer, a medicina nuclear também pode servir para coletar imagens que garantem um diagnóstico mais correto para doenças como as infecções agudas, a embolia pulmonar e o infarto do miocárdio.
Conheça os principais tipos de radiação usados em exames
Existem basicamente três tipos de radiação: a partícula beta, a partícula alfa e a radiação gama. Explicaremos cada um deles na sequência. Veja!
Partícula beta
A partícula beta é o tipo de radiação que corresponde ao elétron emitido pelo núcleo de um átomo instável. Ela tem uma velocidade que gira numa média de 270.000 km/s e uma capacidade de penetração de 1 cm nos tecidos do corpo humano.
Esse tipo de partícula pode causar pequenos danos na pele, como o aparecimento de feridas, mas não aos órgãos. Problemas nos órgãos só acontecem se a radiação for aspirada ou ingerida.
Partícula alfa
Outro dos principais tipos de radiação é a partícula alfa, que têm em sua composição duas subpartículas de prótons e dois nêutrons. Ela tem uma carga elétrica mais potente que a da partícula beta, porém, com uma velocidade menor, em média 20.000 km/s.
Por conta disso, tem uma baixa capacidade de penetração, que raramente consegue ultrapassar as células mortas que ficam na superfície da pele humana.
Radiação gama
Finalmente, a radiação gama é produto da emissão das partículas alfa e beta, que produzem ondas eletromagnéticas. A velocidade média é de 300.000 km/s, o que garante uma penetração em diversos tipos de materiais, inclusive do corpo humano.
É essa a radiação utilizada nos exames de medicina nuclear, que nada mais é do que uma evolução das partículas anteriores.
Conhecer sobre os diferentes tipos de radiação é interessante, uma vez que eles são utilizados para realizar exames, tais como:
- cintilografia;
- cefalometria;
- mamografia;
- radiografia de raio-X;
- tomografia computadorizada;
- ressonância magnética nuclear; entre outros.
Saiba quais são os benefícios do uso da radiação na medicina
Antigamente era comum que os médicos precisassem fazer cirurgias exploratórias em seus pacientes. Isso ocorria porque, quando alguém era diagnosticado com um tumor, por exemplo, era necessário verificar a extensão que ele tinha e como ele estava posicionado, para que posteriormente se traçassem estratégias para a remoção.
Hoje em dia, com o uso dos diferentes tipos de radiação na medicina nuclear, isso deixou de ser necessário. Com um exame simples, é possível coletar imagens internas do corpo do paciente, como se fosse uma fotografia. A partir disso, os médicos podem definir os métodos de trabalho para uma posterior cirurgia, de forma bem menos invasiva.
A tecnologia aplicada à medicina fez com que muitas vidas pudessem ser salvas, pois, com recursos mais avançados, as doenças são curadas mais facilmente e os pacientes conquistam mais qualidade de vida. Tudo isso é muito importante para quem trabalha na área da saúde e quer constituir uma carreira sólida no segmento.
Conseguiu entender mais sobre o papel dos diferentes tipos de radiação na medicina nuclear? Esperamos que nosso post tenha sido útil para trazer novos conhecimentos para você!
Continue aprendendo! Sugerimos agora a leitura de nosso post que mostra o que os radiologistas odontológicos identificam nos exames.