Protocolo de Manchester: saiba como implementá-lo na clínica de radiologia

É bem provável que você já deve ter ouvido falar sobre o protocolo de Manchester, não é mesmo?

Essa é uma forma de classificação utilizada para identificar os pacientes que estão estáveis e aqueles que correm maior risco e, assim, saber quais atendimentos devem ser priorizados, em estabelecimentos de saúde.

O protocolo de Manchester tem como objetivo principal entender as gravidades médicas que lotam as unidades de saúde diariamente e oferecer o melhor cuidado aos pacientes.

Ele deve ser aplicado em todos os locais de atendimento de saúde, incluindo as clínicas de radiologia odontológica.

A seguir, vamos conhecer a origem do protocolo de Manchester, qual o significado das cores utilizadas para classificação e como este método pode ser implantado em uma clínica de radiologia odontológica. Desejamos uma leitura!

A origem do protocolo de Manchester

O protocolo de Manchester foi criado em 1994 pelo médico e professor Kevin Mackway Jones. Apenas 4 anos depois, em 1998, começou a ser usado em todos os hospitais do Reino Unido e, conforme o tempo foi passando, ganhou relevância em todo o mundo.

No Brasil, o protocolo de Manchester foi usado pela primeira vez em 2008, em Minas Gerais, com o objetivo de reduzir as longas filas de espera que lotavam os hospitais.

O país, inclusive, conta com o Grupo Brasileiro de Classificação de Risco (GBCR). A instituição publicou as Diretrizes para Implementação do Sistema Manchester de Classificação de Risco nos Pontos de Atenção às Urgências e Emergências, que está em sua segunda edição.

Atualmente, não apenas os hospitais de pronto-socorro adotam o protocolo de Manchester em seu dia a dia. As clínicas de radiologia odontológica, que recebem pacientes para fazer exames, também podem aplicar essa interessante técnica.

Assim, garantem um atendimento mais ágil para quem precisa realizar um exame com urgência, por exemplo.

protocolo de manchester

Esquema de cores usadas no protocolo de Manchester

O protocolo de Manchester funciona da seguinte forma: quando o paciente chega ao hospital, unidade de saúde ou clínica de radiologia odontológica, ele é avaliado por um médico e recebe uma pulseira que determina a gravidade do caso. A cor determinará a rapidez no atendimento.

Vermelho (Emergência)

Pacientes com necessidade de atendimento imediato recebem a pulseira de cor vermelha.

Nesses casos estão tentativas de suícidio, queimaduras graves, crises de convulsão, insuficiência cardíaca e respiratória, hemorragias, vítimas de arma de fogo, entre outros.

No caso das clínicas de radiologia odontológica, podem se enquadrar como um caso de classificação vermelha os pacientes que perderam ou quebraram dentes em um acidente, por exemplo.

Laranja (Muito urgente)

A pulseira laranja também identifica um caso de urgência, porém menos grave em comparação a vermelha. Pacientes com dores fortes, cefaléia que aumenta rapidamente e arritmias estão nesse grupo.

O tempo máximo de espera para pacientes que estão com a pulseira laranja deve ser de 10 minutos após a chegada na unidade de saúde.

Amarelo (Urgente)

Quando o paciente recebe a pulseira amarela isso significa que o seu caso é urgente, mas os riscos não demandam atendimento imediato após a chegada. Casos de pressão alta, hemorragias moderadas, desmaios, vômitos e crises de pânico se enquadram no amarelo.

Pacientes com pulseira amarela podem aguardar até uma hora para atendimento após a chegada ao hospital ou unidade de saúde.

Vale lembrar que muitos pacientes podem ter a síndrome do jaleco branco e desenvolverem crises de ansiedade na sua clínica de radiologia. Em situações assim, você pode pensar em alternativas para atender a esse pessoal com prioridade.

Verde (Pouco urgente)

A cor verde determina casos pouco urgentes onde o paciente pode aguardar até duas horas para ser atendido ou, então, encaminhado a outra unidade de saúde. Dores leves, tosse e febre são exemplos de sintomas de pouca urgência.

Azul (Não urgente)

A pulseira azul remete a casos simples, como a troca de sonda, aplicação de medicamento e dores crônicas que já foram diagnosticadas. Nesses casos, o atendimento pode levar até 4 horas ou o paciente ser enviado a outros serviços de saúde.

Nas clínicas de radiologia odontológica, a imensa maioria dos casos se enquadram na categoria azul. Afinal, os exames são agendados e, na maioria das vezes, servem mais para que o dentista possa fechar um diagnóstico.

Saiba como implementar o protocolo de Manchester na sua clínica de radiologia odontológica

De acordo com o GBCR, a clínica de radiologia odontológica precisa seguir 5 passos para implementar o protocolo de Manchester. São eles:

  1. Garantir a conscientização de toda a equipe;
  2. Proporcionar a qualificação do profissional de radiologia;
  3. Manter a presença de um especialista no protocolo de Manchester para analisar a implementação;
  4. Realizar uma capacitação de auditores para atuar internamente e aplicar padrões ao método e a execução do protocolo;
  5. Promover a realização de auditorias externas para garantir o selo de qualidade.

Depois de efetuar os 5 passos, é importante que os gestores da clínica de radiologia odontológica continuem acompanhando de perto a aplicação do protocolo de Manchester para garantir a qualidade no atendimento.

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