Síndrome de Burnout em radiologistas: uma doença ocupacional comum

A síndrome de Burnout em radiologistas é uma doença ocupacional muito comum e não é raro encontrarmos profissionais da área que passam por problemas a ela relacionados.

Prova disso é uma pesquisa realizada pelo Medscape. Os pesquisadores entrevistaram mais de 15 mil médicos nos Estados Unidos e chegaram a uma conclusão surpreendente. 45% dos radiologistas estão esgotados e sofrem com a síndrome de Burnout!

Mas o que é, de fato, a síndrome de Burnout? E por que ela é tão comum entre os radiologistas? Essas e outras perguntas sobre o tema serão respondidas nos tópicos a seguir. Continue conosco!

O que é a síndrome de Burnout?

A síndrome de Burnout é uma doença ocupacional, que também pode ser chamada de síndrome do esgotamento profissional. Ela ocorre quando há excesso de trabalho e pode acontecer com trabalhadores de qualquer área.

A palavra “Burnout” é a junção de dois termos da língua inglesa: “burn”, que significa queima e “out”, que significa exterior. Isso quer dizer que, numa forma metafórica, a palavra significa a queima de uma pessoa, por conta do esgotamento,

Por que a síndrome de Burnout é tão comum entre os radiologistas?

Na área da saúde, a síndrome de Burnout é bastante comum, muito por conta das longas jornadas que os médicos e enfermeiros fazem nas clínicas e hospitais.

O mesmo ocorre com os radiologistas, que muitas vezes precisam cobrir turnos inteiros de trabalho nos estabelecimentos de saúde e acabam se esgotando psicologicamente e também fisicamente. Além disso, podem até mesmo ter um pior desempenho no seu trabalho.

Quais são os principais sintomas da síndrome de Burnout?

Para saber se alguém está com a síndrome de Burnout, é preciso ficar atento a alguns sintomas típicos, tais como:

  • fadiga;
  • insônia;
  • isolamento;
  • dores de cabeça;
  • mudanças no apetite;
  • negatividade constante;
  • dificuldades de concentração;
  • sentimento de incompetência;
  • cansaço excessivo, físico e mental;
  • sentimento de insegurança e fracasso;
  • sentimentos de derrota e desesperança;
  • mudanças repentinas no estado de humor;
  • alterações constantes nos batimentos cardíacos;
  • problemas e alterações gastrointestinais, sem explicação aparente.

Sempre que um radiologista ou qualquer outro profissional apresentar alguns desses sintomas, é recomendado a consulta com um médico psiquiatra, que proporá o tratamento adequado.

Como prevenir a síndrome de Burnout em radiologistas?

Para prevenir a síndrome de Burnout em radiologistas, existem algumas ações que podem ser colocadas em prática. Veja quais são elas!

Defina objetivos na vida profissional e pessoal

O esgotamento muitas vezes ocorre por conta da repetição das rotinas. É por isso que se deve sempre buscar por novos desafios, como cursar uma pós-graduação, fazer pesquisas, escrever um livro etc.

Também é importante ter objetivos bem definidos na vida profissional. Assim, você pode estipular que deseja comprar uma casa no campo ou na praia para descansar e trabalhar para isso, por exemplo.

Faça atividades que fujam da rotina

Só quem trabalha em na área da saúde sabe como essa rotina é estressante. O simples fato de lidar com pessoas doentes e que estão passando por momentos de sofrimento já esgota qualquer um.

É por isso que você precisa ter uma válvula de escape, algo que lhe de lhe dê e que possa realizar nos momentos de folga. Vá ao cinema, assista séries, programe passeios e jantares com seus familiares ou amigos, desenvolva um hobby etc.

Pratique uma atividade física

As atividades físicas, além de serem benéficas para a nossa saúde, também fazem com que o cérebro descanse e “desligue” dos problemas do dia a dia. Por isso, é importante fazer exercícios diariamente.

Caso não goste de ir à academia, faça caminhadas em uma praça ou parque próximo da sua casa ou do estabelecimento de saúde em que você trabalha.

Tenha alguém com quem conversar

É importante que você tenha com quem se abrir e que possa falar sobre os seus problemas e sentimentos negativos. Geralmente, essa pessoa pode ser um amigo ou então o seu companheiro ou companheira.

Porém, caso isso não dê resultado, convém buscar ajuda profissional, com um psicólogo ou psiquiatra.

Conte com os serviços de telerradiologia

O excesso de trabalho, conforme explicamos, é a principal causa da síndrome de Burnout em radiologistas. Por isso, aliviar a rotina e utilizar dos recursos tecnológicos para otimizar as tarefas são coisas que precisa ser colocado em pauta.

A telerradiologia possibilita que parte do trabalho da emissão de laudos seja feito a distância. Assim, as rotinas do radiologista podem ser diminuídas e isso faz com que o esgotamento e o estresse profissional deixem de ocorrer. E isso minimiza o risco de Síndrome de Burnout em radiologistas.

Quais são as melhores formas de tratar a síndrome de Burnout em radiologistas?

O tratamento da síndrome de Burnout em radiologistas é feito por meio de psicoterapia e, algumas vezes, com medicamentos antidepressivos e ansiolíticos. Geralmente as terapias têm duração média de três meses, mas isso varia de caso a caso.

Em situações mais graves, os radiologistas precisam até mesmo se afastarem de suas funções por um tempo, para que possam tratar a doença e fazer com que ela realmente seja curada.

O ideal é que, junto ao tratamento medicamentoso, também seja adotada uma rotina mais leve. Fazer uma viagem de férias com a família ou com amigos pode ser uma boa ideia para diminuir o estresse e a tensão do dia a dia. Assim, a síndrome de Burnout se cura mais rapidamente e tem menos chances de voltar.

Apesar de a síndrome de Burnout em radiologistas ser muito comum, ela pode ser tratada e combatida, mas melhor do que isso é evitá-la! Por isso, siga as nossas dicas de prevenção e evite desenvolver essa patologia.

Nosso artigo foi útil para você? Então talvez ele possa também ser útil para os seus colegas radiologistas. Compartilhe o post nas redes sociais e faça com que eles também adquiram esse conhecimento.

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