As novas tecnologias estão chegando com tudo nos consultórios odontológicos, facilitando a vida dos dentistas, seus colaboradores e também dos pacientes. Porém, alguns cuidados precisam ser tomados, como é o caso da certificação digital em exames de telerradiologia.
Esse foi o tema de um estudo realizado por um grupo de pesquisadores do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina. Luiz Felipe Nobre, Aldo von Wangenheim, Rafael Simon Maia, Levi Ferreira e Edson Marchiori analisaram como os recursos tecnológicos e a segurança da informação devem nortear a prática da radiologia a distância.
Elaboramos um resumo com os principais pontos que foram abordados nessa pesquisa, para que você conheça mais sobre as boas práticas ao utilizar recursos tecnológicos na radiologia. Confira, nos tópicos a seguir!
Conheça os fatores de um documento eletrônico confiável
A certificação digital em exames de telerradiologia tem início no uso de um documento eletrônico confiável. Isso tem relação com os laudos dos exames, que assim como os impressos em papel, precisam ser íntegros e sem rasuras.
Veja, na sequência, alguns fatores que um documento eletrônico confiável precisa ter!
Autenticidade
A autenticidade de um documento eletrônico está na assinatura reconhecida. Isso quer dizer que ele precisa ter um certificado digital, que dê validade jurídica para o que nele está escrito.
Integridade
Os documentos não devem ser adulterados. É por isso que eles precisam ser protegidos contra edição, para que uma pessoa não escreva novas informações ou modifique o texto original, por exemplo.
Irrefutabilidade
O documento precisa ser irrefutável, ou seja, ter evidências. A assinatura do radiologista que avaliou um exame de imagem, por exemplo, garante que um laudo é irrefutável.
Tempestividade
É chamada de tempestividade a característica que comprova que um evento eletrônico ocorreu em determinado momento e circunstância.
Saiba qual a relação entre a criptografia e a certificação digital em exames de telerradiologia
A criptografia é uma palavra que deriva do termo grego “kryptós gráphein”, que pode ser traduzido como “escrita secreta”. Ela é justamente isso, um meio de fazer com que as informações sejam mantidas em sigilo e não acessadas por pessoas desautorizadas.
Para garantir a certificação digital em exames de telerradiologia, portanto, as empresas que prestam esse serviço precisam fornecer um software criptografado de ponta a ponta. Dessa maneira, apenas quem tiver a senha do sistema poderá ter acesso aos dados e resultados dos exames dos pacientes.
Um sistema criptografado recebe uma camada de proteção em suas linhas de programação. Combinações de códigos matemáticos envolvem os dados e se tornam o programa mais difícil de ser quebrado e acessado por hackers ou indivíduos mal intencionados.
>>> Leia também: Boas práticas de segurança da informação na área da saúde e em laudos radiológicos.
Entenda o conceito de certificado digital
Para emitir um documento com certificado digital, você precisa ser proprietário de uma chave criptográfica. Para isso é preciso que seja escolhida uma autoridade certificadora (AC). Tratam-se de instituições que funcionam como um cartório digital e que são subordinadas ao Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), que por sua vez é vinculado à Casa Civil da Presidência da República.
Os certificados digitais mais comuns são o e-CPF, utilizado por pessoas físicas, e o e-CNPJ, para pessoas jurídicas. É essa a versão que precisa ser adquirida pelas empresas de telerradiologia. Assim, poderão emitir os laudos com segurança e garantindo a validade jurídica dos documentos.
Se um consultório odontológico for contratar uma empresa que emite laudos a distância, portanto, deve sempre verificar se a organização possui um certificado digital, que dá validade aos documentos que são emitidos.
Compreenda a assinatura eletrônica
A assinatura eletrônica utiliza o mesmo mecanismo da criptografia e serve para que um documento possa ser assinado eletronicamente. A ideia é que os radiologistas possam assinar os laudos que elaboram, para que eles tenham validade.
Todas as pessoas que recebem um documento assinado eletronicamente vão poder abri-lo por meio de uma chave pública e verificar que se trata de um item confiável. Isso é importante para que o dentista evite problemas com a justiça, por exemplo.
Um tratamento ou procedimento realizado em um paciente, sem que seja embasado em exames certificados, poderá ser questionado na justiça, caso essa pessoa desejar. Além disso, existem casos em que os laudos podem ser solicitados pela polícia para serem apresentados como provas de crimes. Nessas situações, o documento não terá validade de não tiver uma assinatura eletrônica.
A chave privada para assinaturas digitais também deve ser solicitada ao ITI e é armazenada nos computadores da empresa de telerradiologia que emite os laudos a distância. Também existem mídias armazenadoras, que recebem o nome de smart cards ou tokens. Elas têm o formato de um pendrive e contém um cartão de memória em que ficam registradas as informações para que um documento possa ser assinado digitalmente.
Em resumo, podemos dizer que as novas tecnologias facilitam muito o trabalho das clínicas e consultórios odontológicos, que podem utilizar dos novos recursos para terceirizar o trabalho de laudação dos exames de imagem.
Em contrapartida, é necessário conhecer sobre a importância da certificação digital em exames de telerradiologia. Isso porque, antes de contratar uma empresa que preste esse tipo de serviço, é preciso se certificar de que ela cumpre com todos esses requisitos que envolvem a segurança da informação.
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