Quando um dentista trabalha no contexto jurídico, dizemos que ele pratica a odontologia forense. Dentro desse contexto, o profissional utiliza o seu conhecimento técnico para fazer perícias e até mesmo contribuir para a investigação de crimes.
Tem interesse em saber mais sobre essa interessante área da odontologia? Então é só seguir a leitura! A seguir, esclarecemos as principais dúvidas que os profissionais têm sobre o assunto.
1. O que é a odontologia forense?
A odontologia forense é uma especialidade que trabalha diretamente com a justiça, atuando nas esferas cível, criminal, trabalhista, administrativa e ética.
De acordo com a Resolução nº 185 do Conselho Federal de Odontologia (CFO), a também conhecida como Odontologia Legal tem como objetivo “a pesquisa de fenômenos psíquicos, físicos, químicos e biológicos que podem atingir ou ter atingido o homem vivo, morto ou ossada, e mesmo fragmentos ou vestígios, resultando lesões parciais ou totais reversíveis ou irreversíveis”.
A mesma resolução afirma que essa atividade somente pode ser realizada pelo cirurgião dentista. O documento diz que somente esse profissional tem a formação necessária para contribuir com outras áreas, para que a verdade seja provada por meio de análises do tipo, nos interesses da justiça ou administrativamente.
2. Como ser um dentista forense?
Para atuar como dentista forense, o profissional precisa inicialmente ter concluído a graduação em Odontologia.
Depois disso, deve fazer uma especialização em Odontologia Legal ou Forense. No curso, se aprende sobre as técnicas e particularidades da área, para que se possa fazer uma boa atuação nos casos.
3. Quais são as principais áreas da odontologia forense?
As principais áreas da odontologia forense são a cível e a criminal.
Na área cível, geralmente o perito atua em demandas que envolvem processos de pacientes contra profissionais, no caso de supostos erros, por exemplo. Também é comum que o odontólogo forense atue em processos nos quais os dentistas estão cobrando os honorários não pagos pelos seus clientes.
É o que acontece quando um paciente pensa que o dentista cometeu um erro no tratamento e isso o causou dano, por exemplo. Nesse caso, o perito deve analisar o caso e verificar se realmente a parte acusatória tem razão e, se tiver, a justiça poder tomar as medidas cabíveis para indenizá-lo.
Ainda na área cível, o dentista legal pode atuar usando as evidências coletadas para estimar a idade das pessoas, como de crianças que moram em lares adotivos e que não têm registros.
Na área criminal, por sua vez, a atuação acontece quase sempre na identificação humana, no caso de desastres em que há mortes em massa e os corpos não são identificados facilmente.
Para você ter uma ideia, ainda em 1912, quando ocorreu a famosa tragédia do naufrágio do Titanic, mais de 1513 pessoas mortas foram identificadas por meio da arcada dentária.
O mesmo acontece quando há incêndios de grandes proporções, como as quedas de avião e tragédias ambientais como as que recentemente ocorreram nas cidades de Brumadinho e Mariana, em Minas Gerais.
Também na área criminal, o dentista pode atuar na avaliação de agressões em forma de mordida, principalmente em acusações de maus tratos contra idosos e crianças.
4. Que tipos de perícias a odontologia forense realiza?
Para realizar o seu trabalho, o dentista legal está sempre envolvido na realização de perícias. Elas são classificadas em três categorias principais: as administrativas, as trabalhistas e as éticas.
As perícias administrativas são realizadas dentro das operadoras de planos odontológicos, para que se possa avaliar os procedimentos feitos por profissionais conveniados. Nessa área, também podem ser feitas análises para conclusões de testes, antes de lançar novos produtos odontológicos no mercado.
Já as perícias trabalhistas são aquelas que envolvem a análise das condições dos trabalhadores das empresas. Elas servem para identificar se existe a possibilidade de um empregado ter adquirido alguma doença bucal, por conta da atividade que exerce no emprego, por exemplo.
Finalmente, as perícias éticas são aquelas realizadas nos conselhos de odontologia, de forma interna. Elas são necessárias quando há processos nos quais os profissionais precisam ser julgados por suas condutas.
5. Como a telerradiologia ajuda o trabalho realizado pelo dentista forense?
A telerradiologia contribui muito para o desenvolvimento do trabalho do dentista forense. Isso porque os processos se tornam muito mais ágeis e baratos para que as instituições de pesquisa ou clínicas especializadas desenvolvam esse trabalho.
O dentista forense pode usar os exames de raio-X dos pacientes para identificar problemas nas arcadas dentárias e fazer conclusões em suas perícias, por exemplo. Para isso, basta que as imagens sejam coletadas em consultório.
Depois disso, as imagens devem ser enviadas via sistema computadorizado para uma empresa de telerradiologia contratada. Lá, radiologistas experientes elaborarão os laudos dos exames e os enviarão pela mesma plataforma para o profissional contratante.
Com os laudos em mãos, o praticante da odontologia forense poderá fazer conclusões mais rapidamente e apresentar os resultados do seu trabalho com muito mais eficiência.
A BR Laudos é uma empresa especialista em telerradiologia e que pode assumir qualquer tipo de demanda dentro dessa área. Entre em contato conosco para saber mais sobre os nossos serviços!